«Estabilidade», «envolvimento», «inteligência emocional», «empatia» e «capacidade colaborativa». Estas são, na visão de Paula Franco, as características específicas que distinguem as «lideranças no feminino», emergindo o «papel de cuidadora», extensível do lado pessoal e familiar para a vertente profissional.
A bastonária falava na sessão de abertura do segundo dia da 14.ª Grande Conferência Liderança Feminina que decorre a 9 e 10 de outubro no auditório António Domingues de Azevedo, em Lisboa.
Destacando o carácter «motivador e inspirador» deste evento, impulsionado pelas responsáveis da Executiva, Isabel Canha e Maria Serina, a bastonária referiu ainda que, no seu caso particular, «tem procurado puxar as mulheres para lugares de liderança na Ordem e também para o associativismo», contudo, admitiu que «nem sempre é fácil conciliar, de forma harmoniosa, a vida pessoal e profissional.»
Apesar do difícil e exigente contexto, apelou a que, no mundo do trabalho, «nunca deixem o papel da mulher para trás», abrindo espaço para novas oportunidades. Sublinhando a ideia de que «a mulher ainda não tem os papéis que devia ter nas lideranças», referiu que na Ordem que lidera «somos 60% das profissionais nesta área, mas em cargos de liderança somos muito menos. Temos de incentivar cada vez mais a presença feminina, porque temos um papel importante na liderança — para que a ética e a confiança se estabeleçam cada vez mais.”
Segundo as palavras de Maria Serina, cofundadora da Executiva, dados recentes apontam que, na última década, «piorou» a presença feminina em cargos de gestão e liderança nas empresas portuguesas. É, por isso, que «conferências desta natureza fazem cada vez mais sentido. Até porque o lugar das mulheres é onde elas quiserem!».
Fotografia: Executiva/Direitos Reservados