Porto (8 de dezembro): Quando o Natal faz a vida acontecer
E, num ápice, o Natal voltou ao Largo Primeiro de Dezembro, no Porto. Dois dias após as primeiras sessões que tiveram lugar em Lisboa, o auditório da OCC da cidade «Invicta», na manhã e tarde de 8 de dezembro, voltou a encher-se de cores, música, e da alegria irrequieta e contagiante dos mais novos, afinal os destinatários principais do programa que, pelo oitavo ano consecutivo, a Ordem preparou para os contabilistas certificados e respetivas famílias e amigos.
«Uma história vivida não tem tempo de calendário - tem-no só no que se viveu». A frase é de Vergílio Ferreira e bem que se poderia aplicar às muitas “estórias” que cada um levará deste dia, porque o Natal é de sempre. Ou melhor, o seu espírito e os valores para os quais nos convoca, deveriam ser de sempre.
Talvez por isso mesmo, Paula Franco, nas palavras de boas-vindas que dirigiu a toda a plateia, fez questão de recuperar esse espírito, dirigindo-se, em particular, aos mais novos: «Quando chegarem a casa digam “Obrigado” aos vossos familiares, digam “Obrigado” a quem vos trouxe aqui. Dêem-lhe um abraço e um beijinho muito grande. Esse será o melhor presente que lhes poderão oferecer.»
Duendes e guerreiras
Alinhado com este espírito esteve o primeiro dos espetáculos de cada sessão, réplica do que, dois dias antes, acontecera em Lisboa. A amizade, a partilha, o altruísmo, a eterna luta entre o bem e o mal, foram, precisamente, algumas das ideias-chave que perpassaram no «Spetáculo de Natal - Uma espécie de musical». Quatro duendes, Flash, Flish e Flosh, de um lado e Flesh, do outro, constroem uma narrativa que passa pela ausência do Pai Natal e pela inevitabilidade de tentar descobrir o seu paradeiro e a identidade do raptor, sob pena de não existir Natal. No final, como é próprio destes espetáculos, e com a ajuda de crianças que se voluntariaram da plateia, o bem triunfa sobre o mal e Flesh acaba por reconhecer o seu comportamento incorreto. Tudo acaba em bem, com uma estridente salva de confetti para emprestar o colorido derradeiro ao primeiro dos espetáculos.
Dentro do auditório, a segunda proposta passou exclusivamente pela música. Sophie Vidal e André Seravat, acompanhados pela banda Alvadia Live, recriaram clássicos dos filmes da Disney e também das Guerreiras do K-POP. Pela primeira metade dos 50 minutos de espetáculo passaram temas como «Hakuna Matata», «Já passou (Let it go)» ou o clássico interpretado originalmente por Elton John, «Can you feel your love tonight.»
«Guerreiras do K-Pop», uma produção da Sony Pictures Animation, com elementos da mitologia e cultura popular sul-coreanas e que tem conquistado o público em todo o mundo, preencheu a segunda metade do espetáculo, igualmente pelas vozes de Sophie Vidal e André Seravat. «Butter», «Dynamite», «Golden» e «Soda Pop» foram algumas das melodias que fizeram vibrar os mais novos e ajudaram a que se encerrasse cada uma das festas de Natal 2025 no norte do país com muita energia e fulgor.
Ateliês, tatuagens, pipocas…
As festividades natalícias, versão contabilistas certificados, não se limitaram ao auditório. No exterior, registou-se sempre muita atividade. Mal as portas se abriram, e após transporem um enorme arco de balões coloridos, esperavam os convivas, em jeito de boas-vindas, as mascotes do «Bolacha» e do «Olaf», ótimos “bonecos” para as primeiras selfies e fotos do dia. Em baixo, hall e salas de formação encheram-se de movimento e de uma azáfama própria de um local onde mais de metade dos presentes eram crianças.
Em permanência, com a prestação de um grupo grande de profissionais, não faltaram opções: pinturas faciais, pipocas, ateliês de coroas de Natal e de globos, tatuagens, balões, piscinas de bolas, backdrop com motivos alusivos às «Guerreiras do K-Pop» e, claro está, o cantinho do inevitável Pai Natal, ponto de encontro para muitas fotos quer de miúdos, quer de graúdos. A estes ingredientes junte-se ainda catering em permanência, e como sempre tem sucedido, a entrega do saco com presentes a todas as crianças (ver caixa).
Resultado final: gente feliz, sorrisos abertos, a vida a acontecer. Porque, como há cinco décadas nos diz a canção Beautiful Boy (Darling Boy), de John Lennon:
Life is what happens to you
While you're busy making other plans.