Chama-se «Harmonização Contabilística Internacional - análise das suas implicações em Portugal» e é mais um livro a que a CTOC se associou, ao disponibilizar o auditório da sua sede para a sessão de lançamento, ocorrida no dia 22 de Abril. Da autoria de Renato Pereira, Mariana Estevam e Rui Almeida, todos eles Técnicos Oficiais de Contas, esta obra ajuda a clarificar a problemática da harmonização e da normalização contabilística a nível internacional e da sua aplicação em Portugal.

«Temos assistido aqui ao lançamento de obras com alguma regularidade, o que é sinónimo de que a profissão está a evoluir em sentido positivo», congratulou-se Domingues de Azevedo.

O presidente da Direcção da CTOC deixou bem vincada a ideia de que Portugal «está a viver uma autêntica revolução a nível contabilístico», com a entrada em vigor do Sistema de Normalização Contabilística e uma nova composição da Comissão de Normalização Contabilística, pelo que a obra em questão, nascida da dissertação de mestrado de Mariana Estevam, ao debruçar-se sobre a harmonização contabilística, acaba por se revestir de «extrema actualidade.»

Satisfeito por observar que, lentamente, a ideia que a sociedade tem do Técnico Oficial de Contas se vai alterando para melhor, Domingues de Azevedo frisou que «os profissionais aprendem a fazer mas, muitas vezes, não têm opinião sobre o que fazem. É preciso que tenham opinião. Essa é uma característica que os TOC devem ter.»

Reforçando a ideia do momento de extrema importância que o mundo da Contabilidade atravessa, o responsável máximo da Câmara não tem dúvidas de que «os profissionais saberão lidar e vencer estes novos desafios.»

Rui Almeida falou em nome do trio que assina o livro. Este professor universitário sublinhou a necessidade dos profissionais não deverem ter «dificuldades ou qualquer espécie de menoridade em assumir a profissão de Técnico Oficial de Contas. A nossa profissão evoluiu muito nos últimos anos e fê-lo no sentido da qualidade.»

Para este membro da Comissão de Normalização Contabilística, o livro de 184 páginas, de que é um dos autores, insere-se na lógica de que «o mundo da contabilidade é mais complexo do que o quadro de contas, o debitar e creditar e lembra-nos que estamos inseridos em algo muito maior. Com a entrada em vigor do SNC, as contas das empresas lusas serão aceites em todo o mundo. Isto quer dizer que temos o mundo todo para trabalhar, mas o inverso também se aplica. Por isso, a aposta na qualidade é fundamental.»

Carlos Fontão de Carvalho assinou o prefácio do livro. Este professor universitário aproveitou a ocasião para felicitar a CTOC «pelo importante trabalho que tem vindo a fazer em prol da Contabilidade». Referindo-se à obra propriamente dita e à sua importância no contexto actual, o também TOC lembrou que «a Contabilidade é a linguagem na qual as empresas se expressam perante os utilizadores das demonstrações financeiras. Nos últimos anos, tentou harmonizar-se esta linguagem, porque essa é a tendência a nível mundial.» Carlos Fontão de Carvalho mostrou-se ainda convicto de que a actual crise financeira «vai dar um impulso à melhoria das normas contabilísticas», tal como foi possível observar em crises anteriores e saudou a edição da obra, confessando sentir «a falta de informação na área da Contabilidade.»