O sol já brilha quase com a mesma intensidade dos típicos meses de verão, mas a bondade meteorológica não é condizente com as agruras que estamos a viver. Os últimos tempos demonstram que os portugueses estão, quase sem dar por isso, a deixar envolver-se pela psicose da crise e a ficar sem reação à adversidade. As manchetes dos jornais, as notícias de abertura dos telejornais e os destaques radiofónicos são tão poderosos que sacodem o mais otimista dos mortais. A dimensão da tragédia social e económica que enfrentamos é veiculada por defeito. Os dados mais recentes indicam que a fuga aos impostos está a aumentar s olhos vistos. Uns não honram os seus compromissos de forma deliberada, enquanto outros, em situações desesperadas, não lhes resta outra opção que não seja (mal) fintar o Estado (...)

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