João Pinto quebrou ontem o silêncio após ter prestado declarações quarta-feira à Polícia Judiciária para esclarecer o destino de parte do dinheiro envolvido na sua transferência para o Sporting em 2000, processo no qual o ex-empresário José Veiga é arguido. «Há pessoas mal intencionadas e que esperam poder aproveitar-se deste caso», afirmou o futebolista à TVI, acrescentando estar «sereno». João Pinto diz ainda que muito do que foi dito após o interrogatório «não passa de especulação». Acompanhado pelo advogado, Castanheira Neves, não ficou esclarecido se João Pinto foi ou não constituído arguido.
Noutro âmbito, foi ontem noticiado que o Estado já não poderá recuperar junto de João Pinto o montante de 640 mil euros devidos em impostos sobre os 3,2 milhões de euros do contrato, por a lei tributária determinar a prescrição da dívida decorridos quatros anos, levando a que a obrigatoriedade do pagamento caducasse em 2006, uma vez que o último pagamento foi realizado em 2002. «Se João Pinto já tiver sido notificado para pagar o imposto terá de o fazer, caso contrário a cobrança prescreveu. O Estado tem quatro anos para notificar o contribuinte e depois tem dez anos para cobrar o imposto devido», explicou ao CM Domingues de Azevedo, presidente da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas. Domingues de Azevedo referiu que o Estado poderá recuperar o imposto se se chegar à conclusão de que existe matéria criminal.