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Dia do Contabilista – «O futuro presente da profissão»
11 September 2024
diadocontabilista
Comemoração assinalada na tarde do dia 20 de setembro, em Lisboa.

 

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O compositor, cantor e produtor, João Só «aqueceu» os motores para o início das comemorações do Dia do Contabilista, este ano antecipados para a véspera do Dia de São Mateus. «O futuro presente da profissão» foi o título escolhido para a conferência que preencheu a tarde desta sexta-feira, 20 de setembro, perante cerca de 250 pessoas presentes no auditório António Domingues de Azevedo, em Lisboa. Antes das intervenções propriamente ditas, foi cumprido um minuto de silêncio em memória das vítimas dos incêndios que assolaram o país, num dia em que foi decretado luto nacional.

«O salário já não é uma prioridade para a maioria dos jovens»
As primeiras palavras pertenceram à anfitriã, a bastonária Paula Franco, que começou por referir que esta é sempre uma oportunidade para «refletir sobre o que somos e o que queremos ser.» A responsável máxima da instituição acrescentou que esta «é uma profissão que faz a diferença na economia, no país e no mundo», constituída por «heróis que todos os dias enfrentam desafios, respondendo do ponto de vista contabilístico e fiscal.»

Para o nem sempre fácil exercício de desconstruir a imagem da profissão, seguiram-se as intervenções de Pedro Pinheiro e Nuno Moreira. Neste primeiro painel a problemática da atratividade e retenção nesta e noutras profissões foi o tema que dominou ambas as abordagens. Para o presidente do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa (ISCAL) «o salário já não é uma prioridade para a maioria dos jovens no acesso ao mercado de trabalho. O sentimento de pertença é cada vez mais importante, da mesma forma que os jovens pretendem saber qual o seu papel na organização e como vão contribuir para o todo.» O também membro da Assembleia Representativa de Lisboa disse ainda que «a imagem que a empresa projeta é outro fator crítico», sem esquecer «o balanceamento entre vida pessoal e profissional» que, após a pandemia, nunca deixou de estar em cima da mesa. 

Notoriedade e indispensabilidade
Nuno Moreira respaldou a perspetiva deixada por Pedro Pinheiro. «A geração atual é, de facto, muito interessante, muito valiosa e com muito conhecimento. Acredito muito nestes jovens. Hoje, um jovem quando sai da faculdade quer experienciar algo de positivo. O valor económico não é o mais importante. No meu tempo era diferente. Eu queria era ganhar dinheiro quando comecei a carreira», declarou o diretor executivo da Stanton Chase Portugal, que acumula uma experiência de quase 30 anos na área dos recursos humanos em organizações nacionais e internacionais.

A sofisticação tecnológica também mereceu a devida atenção. «A inteligência artificial e a automação não são ameaças. São desafios que ainda nos podem levar a ter mais relevância na cadeia de valor e são oportunidades para aumentar a nossa notoriedade e indispensabilidade no contexto das organizações», sustentou Pedro Pinheiro.

Para Paula Franco é possível que, «no curto prazo, talvez em cerca de cinco anos, tenhamos capacidade para virar a nosso favor estas ferramentas.» Contudo, para a bastonária, o fundamental é que esta tecnologia de ponta vai libertar os profissionais para tarefas mais estratégicas, permitindo que a profissão desenvolva e aprimore as melhores práticas.

«Todos somos importantes»
Antigo selecionador e treinador da seleção portuguesa de râguebi, Tomaz Morais veio até ao auditório da Ordem falar sobre liderança e performance. O atual diretor-geral da Academia do Sporting Clube de Portugal, que ficou conhecido por, em 2007, ter comandado os “lobos” na primeira participação da seleção nacional num mundial de râguebi, em França, partilhou com a plateia um conjunto de experiências e vivências nas equipas e nos projetos que liderou. «A atitude é inegociável naquilo que fazemos»; «A acomodação torna-nos pouco competitivos» ou «A nossa atitude é um compromisso» foram frases fortes que passou, indissociáveis de outras palavras igualmente contundentes como «caráter», «consistência» e «resiliência». Para Tomaz Morais, a paixão e o sentir a camisola não acontecem apenas dentro de um campo de râguebi ou de futebol, podem e devem acontecer numa qualquer empresa. Mas se há lição que se pode tirar do desporto, na verdade, a sua «casa», é a seguinte: «Todos somos importantes». 

Bruno Ribeiro foi o último orador da conferência «O futuro presente da profissão». O marketing leader na Accenture SONG, que é psicólogo de formação, partilhou várias dicas, em múltiplas dimensões, para que o contabilista certificado consiga tornar-se conhecido e potenciar o negócio: apenas numa palavra, que saiba «vender-se». «O marketing está ao alcance de todos. Não tenham medo de arriscar e desenvolver este tipo de atividade», rematou.

 

 


Aproxima-se a celebração de mais um «Dia do Contabilista». Este ano não será a 21, Dia de S. Mateus (sábado), mas na tarde do dia 20, sexta-feira, no Auditório António Domingues de Azevedo (Av. Defensores de Chaves, n.º 85-B), em Lisboa.
 

O programa detalhado da comemoração já está disponível, tendo como mote geral: «O futuro presente da profissão». Espera-se, pois, uma jornada de reflexão, análise e interpelação sobre a forma como a profissão é hoje experimentada e sentida e, sobretudo, sobre a forma como será vivida nos próximos anos.


O «Dia do Contabilista» é, igualmente, uma oportunidade de convívio e de reforço dos laços de coesão e solidariedade entre todos.


Instituído no decorrer do primeiro ano de gestão de Paula Franco como bastonária, a celebração do «Dia do Contabilista» conheceu a sua primeira edição em 2018, no Porto, tendo já sido assinalado em diversos locais e sob diversos formatos.

 

A participação é gratuita, mediante inscrição prévia.


A cerimónia será transmitida, na íntegra, no canal da Ordem no Youtube.  

 

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