Ordem nos media
«Há candidatos a TOC que não sabem o que é o CS Comerciais»
17 May 2007
Presidente da CTOC participou em programa da SIC-Notícias

O presidente da CTOC foi um dos convidados do programa «Negócios da Semana», da SIC-Notícias, transmitido no passado dia 17 de Maio. Domingues de Azevedo começou por afirmar que «a economia nacional sofre um problema de natureza estrutural e não circunstancial. 97 por cento das empresas portuguesas são pequenas e médias e as preocupações, assentes em critérios de rigor e gestão, são demasiado recentes. Penso que existiu um despertar tardio das empresas para a competitividade e para os mercados», referiu. Perante estes novos horizontes, o responsável máximo da CTOC defendeu que «a iniciativa empresarial só há pouco é que deixou de ser vista como uma aventura». O próprio entendimento sobre a gestão das empresas também se modificou: «existe uma maior consciência em relação ao domínio da gestão e sobrevivência das empresas e os próprios abusos que se praticavam, em prejuízo das contas das empresas, são também matéria que agora merece mais atenção».


No âmbito interno, Domingues de Azevedo não escondeu a sua preocupação com o crescente número de candidatos a CTOC com títulos académicos, mas sem conhecimentos suficientes para serem aprovados nos exames de admissão à profissão: «Existe uma fraca preparação de modo generalizado e constatamos que alguns dos candidatos a TOC nem sabem ao certo o que é o Código das Sociedades Comerciais, por exemplo».


Sobre questões do âmbito da fiscalidade, o presidente da CTOC afirmou que a significativa diferença das taxas entre Portugal e Espanha está a contribuir para que, nomeadamente as empresas sedeadas no norte do país, passem a operar desde Espanha, o que, acrescenta, «atrofia o balanço das transacções». «A tributação ao consumo deve ser reequacionada em breve», sugeriu o responsável da CTOC. Questionado sobre a eficácia da máquina fiscal no detectar de casos de fuga e evasão, Domingues Azevedo declarou que o desenvolvimento acentuado da capacidade operacional do fisco trouxe consigo «faltas de resposta», por  vezes graves», perante reclamações colocadas por contribuintes que se sentem vítimas de injustiça. "O fisco está a agir cegamente e teima em reflectir pouco sobre as questões e reclamações que lhe são postas. É preciso repensar os mecanismos de reclamações ao alcance dos contribuintes, apostando no acto gracioso».