Com a abertura da 13.ª representação permanente da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC), em Vila Real, encerra-se o ciclo de representações que, no entendimento da Direcção, permite cobrir, de forma harmoniosa, o País. A nova casa dos cerca de 1300 Técnicos Oficiais de Contas que residem em Trás-os-Montes, nos distritos de Vila Real e Bragança, localiza-se na Avenida 1.º de Maio, n.º 23, no centro de Vila Real, e vai permitir, de imediato, acolher as sempre muito participadas reuniões livres das quartas-feiras.
Na cerimónia da tarde de sábado, dia 6, estiveram presentes mais de 50 profissionais, bem como toda a Direcção da CTOC e alguns membros dos seus órgãos. No discurso que teve ocasião de proferir, Domingues de Azevedo definiu este local como sendo "um espaço dos membros e para os membros" e lembrou que o cumprimento desta promessa se insere numa logica assente no "valor da solidariedade", visando atenuar os efeitos dos "custos da interioridade" sobre as regiões afastadas do litoral. Este investimento, prosseguiu o presidente da CTOC, visa dar a mesma oportunidade, colocando em pé de igualdade, os membros de Trás-os-Montes e dos restantes distritos de Portugal.
Os membros interessados em reunir-se na representação permanente de Vila Real para debater temas relacionados com a profissão, devem contactar previamente a funcionária da Câmara destacada para aquele espaço.
Honorabilidade, credibilidade e qualidade
Domingues de Azevedo congratulou-se com o significado deste momento para os TOC transmontanos, mas deixou um alerta: "A CTOC criou o espaço, agora cabe-vos criar o espírito de classe, visando a consequente dinamização". O dirigente máximo da entidade que regula a profissão acrescentou que o espírito profissional deve assenter em três vértices fundamentais: a honorabilidade, a credibilidade e a qualidade. "Só conseguimos fazer bem feito, com critérios de qualidade. O facilitismo entristece-me. Mas a mudança de mentalidades compete a cada um de vós", referiu. Domingues de Azevedo continuou a sua explanação, dizendo que "a melhor defesa do profissional, não é aquela que é desenvolvida pela CTOC, mas sim a que é feita pelo próprio profissional, quando é um grande conhecedor da sua actividade". Os mais novos também não foram esquecidos nas palavras dirigidas por Domingues de Azevedo: "as novas gerações que agora dão os primeiros passos na profissão devem ser os grandes guardiões da qualidade. É preciso derrubar algumas resistências que estes membros mais jovens demonstram, sensibilizando-os para a necessidade de cultivar a humildade e apostar na formação contínua. Urge que se mentalizem, de uma vez por todas, que são os responsáveis pelos quantitativos que fazem girar o País". O presidente da CTOC lembrou o papel dos TOC no desempenho da economia nacional, mesmo numa fase em que esta atravessa um momento de crise, ao afirmar que "para haver dinheiro, é preciso que existam profissionais competentes". Sobre as comparações que têm sido feitas entre a profissão de TOC e outras, o responsável pela CTOC salientou que os membros devem interiorizar que "não são, nem mais, nem menos que os outros, devem é manter a dignidade e executar o trabalho com responsabilidade. Temos ideias, sabemos para onde queremos ir, mas ninguém faz esse percurso por nós".
E-learning estreita distâncias físicas
Para rematar a sua intervenção, Domingues de Azevedo abordou um projecto que muito interessa aos profissionais que residem em regiões mais afastadas do litoral, a formação à distância ou e-learning, informando os presentes que a CTOC mantém negociações com empresas de software para, previsivelmente, tornar operacional esta funcionalidade no início de 2008. "A interactividade está garantida com este sistema, já que no final de cada formação, o formador e a CTOC terão o feedback dos formandos via internet". Domingues de Azevedo insistiu no ponto que estamos perante "uma revolução dos métodos tradicionais de formação", que vai possibilitar um "tratamento igualitário" a todos os membros, independentemente da sua localização geográfica.