Comunicados
A sociedade acredita mais na profissão
19 February 2008
Entrega dos certificados aos novos membros da CTOC

 


                                            Os novos membros da CTOC juntaram-se para uma «foto de família» no auditório
                                                                          onde se 
realizou a   entrega dos certificados

 

A sede da CTOC encheu-se de novos profissionais, acompanhados pelos seus patronos, familiares e amigos, para a cerimónia de entrega dos certificados aos membros avaliados com sucesso no último exame, realizado em Novembro. Antes do início do evento, ocorrido a 15 de Fevereiro, a nova geração de TOC teve oportunidade de conhecer em pormenor os seis pisos do edifício da sede, numa visita guiada por funcionários da Câmara. Já dentro do auditório, os 78 dos 248 TOC bem sucedidos na prova de admissão que se deslocaram até ao centro de Lisboa, acomodaram-se para visionar o vídeo promocional da Instituição que passam, a partir de agora, a integrar como membros de pleno direito.

A crise das empresas e os reflexos na profissão

Coube ao vice-presidente da CTOC, em representação do presidente, Domingues de Azevedo, ausente no estrangeiro, em deslocação de carácter institucional, as primeiras palavras. «Quero manifestar o nosso apoio incondicional e a total disponibilidade para qualquer dúvida ou problema que tenham. Estamos à disposição dos colegas, quer através do contacto telefónico, no site ou na Pasta TOC, para responder às perguntas que queiram colocar», afirmou Armando Marques. «O futuro deve ser encarado com reservas. A crise nas empresas tem reflexos na profissão», disse, em jeito de alerta, sobre as dificuldades que os novos profissionais vão enfrentar.

Ezequiel Fernandes, presidente da Comissão de Inscrição, começou por dizer aos profissionais que «a partir de hoje tudo será diferente. A sociedade deposita confiança em vós e na profissão de interesse público que desempenham, por isso, façam jus a essa confiança e assumam de corpo inteiro os vossos deveres para que os direitos não lhes sejam regateados pela sociedade».
O presidente do Júri de Exame, Pedro Roque, lançou um repto à plateia: «Procurem evoluir e estudar diariamente. O exame de admissão foi a prova mais fácil de fazer. Agora, seguir-se-ão os testes mais complexos. Estou certo que vão interiorizar o espírito que a contabilidade é algo que pode ser engrandecido todos os dias».
No cocktail que se seguiu à cerimónia, houve a oportunidade para um breve convívio. Os TOC que receberam o «baptismo» profissional aproveitaram para trocar impressões sobre os novos desafios profissionais.

A formação como precioso auxiliar

Fátima Mamede, 29 anos, trabalha há três anos em contabilidade, em Leiria, onde reside, e decidiu agora submeter-se ao exame de admissão. A TOC n.º 85 085 confessa ter sentido a atracção pela profissão à medida que ia progredindo no seu curso de Gestão de Empresas. Fátima afirma que a área fiscal, pelas constantes alterações e actualizações a que está sujeita, é a mais difícil de lidar, mas confia que as formações que vai frequentar sejam um precioso auxiliar. Sobre a CTOC, este novo membro entende que deve continuar a lutar para o maior reconhecimento e valorização do trabalho dos Técnicos Oficiais de Contas.
João Saramago, 21 anos, é um jovem técnico de contabilidade de uma empresa em Carnaxide que encara com entusiasmo este novo passo na sua carreira. O TOC n.º 85 162, formado em Contabilidade e Finanças no Politécnico de Setúbal, reconhece que a formação universitária de pouco vale para os tempos de exigência que se avizinham.

«A formação que vamos frequentar vai permitir que estejamos a par da nova legislação, tanto em Fiscalidade como em Contabilidade». Instado a comentar o papel da CTOC, João Saramago afirma que a instituição «potencia o desenvolvimento da contabilidade e, mais importante, impõe regras,  evita o salve-se quem puder, credibilizando os profissionais perante a sociedade, que até há pouco eram olhados de soslaio».

A mentalidade mudou

Armando Martins é dos poucos que diverge da média etária dos novos TOC, aproximadamente na casa dos 20/30 anos. Tem 58 anos e bastante experiência acumulada em Contabilidade, nomeadamente em IPSS, no distrito de Braga.
O TOC n.º 85 178, que cursou Contabilidade e Administração na Escola Superior de Tecnologias de Fafe, explica que o aceitar deste desafio deveu-se ao desejo de «responsabilizar-me de forma efectiva pela Contabilidade das entidades para as quais trabalho». Armando Martins identifica os desafios da normalização contabilística e a vigilância e exigência do fisco sobre as empresas, como as principais dificuldades - motivos mais do que suficientes para frequentar de forma regular as acções de formação, conferências e reuniões livres.
Este veterano, entre jovens, diz que muito mudou nos últimos 10 anos. «A mentalidade é outra. Antigamente proliferavam anedotas jocosas sobre os contabilistas. Hoje, a sociedade acredita mais na profissão», conclui.
O novo membro deixou ainda uma sugestão para os responsáveis da CTOC: «Que passe a figurar no site a lista integral dos membros, o que facilitaria o acesso das empresas à identidade dos profissionais».