Ordem nos media
Tributação do património não agrava carga fiscal
24 October 2003
Vasco Valdez confiante na medida do Governo, ontem no encerramento da acção de formação da CTOC em Lisboa
A nova legislação sobre tributação do património não implicará aumento da carga fiscal, garantiu, ontem, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, sublinhando que a preocupação foi manter o nível de receitas para as autarquias. O membro do Governo apresentou, ontem, a nova legislação no encerramento de uma acção de formação da Câmara de Técnicos Oficiais de Contas, defendendo que ela traduz uma redistribuição mais justa dos impostos sobre o património. Vasco Valdez garantiu que não haverá aumentos superiores a 60 euros por imóvel este ano relativamente ao valor que se pagava de contribuição autárquica e que os aumentos maiores do imposto serão faseados em vários anos. O governante considerou, ainda, que a nova legislação está entre as mais competitivas da Europa e disse não haver risco de vendas em massa de imóveis registados em "off shore". Em resposta a uma pergunta sobre se a nova tributação, com uma taxa majorada para os imóveis registados em paraísos fiscais, não levaria à venda de grande número de casas, salientou que os estrangeiros residentes em Portugal têm também isenção de impostos na transmissão para herdeiros legitimados. Relativamente às avaliações dos imóveis transaccionados a partir da entrada em vigor dos novos impostos (Janeiro de 2004), Vasco Valdez frisou que se baseiam em critérios objectivos e garantiu que a mesma avaliação será utilizada para pagamento do imposto de transmissão de imóveis (que substitui a sisa), para o imposto municipal sobre imóveis (que toma o lugar da contribuição autárquica) e para efeito de tributação em sede de IRC.