Ordem nos media
Fundo de pensões dos TOC avança em 2004
17 December 2003
Novos projectos da CTOC em andamento já este ano
Os Técnicos Oficiais de Contas (TOC) vão ter o seu fundo de pensões em funcionamento já a partir do segundo trimestre de 2004. A garantia é de António Domingues de Azevedo, presidente da Câmara dos TOC, que adiantou ao Jornal de Negócios que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Banco Comercial Português (BCP) - «as duas entidades com maior experiência em Portugal nesta matéria» - foram convidados a apresentar propostas para o modelo e gestão do fundo. 

O BCP já apresentou a sua proposta e a CTOC poderá ainda ouvir outros potenciais candidatos além da Caixa. Os prazos definidos apontam para que o modelo esteja definido no decurso do primeiro trimestre do próximo ano para, logo depois, entrar em operação. O objectivo da Câmara com a criação deste fundo de pensões é fornecer condições «de maior dignidade» à profissão, cujos aposentados poderão, mais tarde, ter um complemento da pensão de reforma que venham a receber do regime geral da Segurança Social. Segundo a explicação do presidente da Câmara, o fundo para o sistema complementar de Segurança Social dos Técnicos de Contas terá um financiamento misto: uma componente institucional, comparticipada pela Câmara e em nome de todos os técnicos de contas, que consistirá na transferência de uma percentagem das quotas recebidas - «por exemplo 3% por cada 100 euros pagos em quotas, três euros são transferidos para o fundo», exemplifica Domingues de Azevedo; a segunda componente é de livre iniciativa, em que cada membro pode aumentar a sua contribuição individual, sendo mais tarde recompensado por isso na proporção da contribuição adicional. 

O fundo arrancará com um valor inicial, que ainda falta determinar, constituído pela própria CTOC, que em vão solicitou ao Ministério das Finanças uma dotação nesse sentido, conta Domingues de Azevedo. A Maior Associação em Portugal A CTOC é a maior associação profissional em Portugal, representando os interesses de cerca de 80 mil técnicos de contas activos em Portugal. A criação do fundo de pensões era o ponto essencial por cumprir pela actual direcção, cujo mandato termina precisamente no ano de 2004. 

O ano de eleições «será prenhe de novidades», realça Domingues de Azevedo, que, questionado sobre o futuro pessoal, diz «não saber» ainda se se recandidata de novo ao cargo que ocupa. Na fase final está também o projecto de aquisição de uma nova sede em Lisboa, para a qual a CTOC tem várias alternativas mas que impõe «uma dignidade arquitectónica» que torna a selecção mais exigente e, portanto, morosa. Domingues de Azevedo afirma que a Câmara já dispõe de financiamento para a aquisição, para a qual está previsto um investimento próximo dos dez milhões de euros, conforme o orçamento da Câmara para 2004, aprovado no passado fim-de-semana com apenas nove votos contra e cinco abstenções, entre 144 presentes.