«É comum em política confundir-se convicção com teimosia. Nada mais errado. O ministro das Finanças é um caso concreto de obstinação pura relativamente a seguir esta receita da austeridade acrítica. Só agora, após um longo coro de apelos vindo de praticamente todos os quadrantes da sociedade, é que Vítor Gaspar anunciou formalmente ter pedido mais tempo a Bruxelas para Portugal pagar o resgate. Sinal de fraqueza do ministro? Não, necessidade absoluta para cumprir o objetivo imaculado que o Governo traçou: regressar aos mercados. Custe o que custar, nem que para isso tenha sido necessário deixar o país literalmente em "escombros”. Foi nesse "cavalo” que o Governo apostou e conseguiu esse "sacrossanto” objetivo. Utilizando uma linguagem bélica, venceu-se uma batalha,mas a guerra está muito longe de ser ganha (...)»
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