«Há duas datas que marcam indelevelmente o ano e meio de governação do executivo de coligação: o dia 7 de setembro passado, quando o Primeiro-Ministro se dirigiu ao país para anunciar a descida da Taxa Social Única (TSU) para as empresas e o aumento da comparticipação dos trabalhadores para a Segurança Social, e a passada sexta-feira, 15 de março, quando, a pretexto do balanço da 7.ª avaliação da ‘troika’ o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, fez uma declaração tácita de derrota da sua política. Portugal terá mais um ano para reduzir o défice e a sua despesa estrutural, mas o desastroso cenário macro económico e as ilusórias expectativas de crescimento deitam tudo a perder. O espetro da bancarrota volta a pairar, se é que alguma vez esteve afastado. Os planos saíram furados ao governo, que vive as horas mais baixas desde que tomou posse (...)»