O acesso à profissão de técnico oficial de contas vai ser mais exigente a partir de Janeiro próximo, com a introdução de um exame de avaliação profissional obrigatório para todos os candidatos. O presidente da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC), Domingues Azevedo, explicou ao JN que o objectivo é garantir que os candidatos, cerca de quatro mil por ano, tenham «um mínimo de sensibilidade e conhecimento da profissão».
O exame, obrigatório para quem termine uma das licenciatura que dá a acesso à profissão depois de Dezembro, vai incidir sobre contabilidade analítica e financeira, fiscalidade e ética e deontologia profissional.
«Não será uma segunda avaliação académica», garantiu o responsável, explicando que o crivo sobre a formação exigida aos candidatos vem sendo «apertado» desde Março de 2003. Na altura, a CTOC, com cerca de 75 mil profissionais inscritos, «impôs» alterações nas estruturas curriculares e carga horária dos cursos que dão acesso à profissão, tendo ainda tornado obrigatória a realização de um estágio e a submissão a um exame de ética e deontologia aos candidatos que não tenham tido formação académica nesta área.