Cerca de 200 contribuintes que, em 2001 e 2002, adquiriram habitações ou terrenos de valor elevado, mas cujos rendimentos declarados ao fisco são baixos, foram notificados para prestarem esclarecimentos às Finanças. Segundo o DN apurou junto de fonte da administração fiscal, a maioria desses contribuintes alegou que as aquisições em questão foram realizadas através de endividamento bancário. Mas é notório, na maior parte dos casos, que os rendimentos apresentados não lhes permitiam honrar os pagamentos à banca, de acordo com as simulações de crédito efectuadas. As explicações de entre 30 a 40 desses contribuintes não satisfizeram minimamente as dúvidas do fisco, que já accionou os mecanismos legais para elevar substancialmente o rendimento imputado a esses contribuintes. Destes procedimentos sancionatórios resultará uma liquidação extraordinária de cerca de cinco a dez milhões de euros em benefício do erário público.
Este é o resultado de uma equipa, recentemente constituída, especializada na detecção de sinais exteriores de riqueza. Esta «task force» foi criada após a tomada de posse do director-geral dos Impostos, Armindo Sousa Ribeiro, no Verão de 2002.