Ordem nos media
Corte de subsídios é exemplo
4 Novembro 2006
II Congresso dos TOC

O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, afirmou hoje que o decretado corte de subsídios pecuniários a fundo perdido a partir de Janeiro é um «exemplo» para o país no rigor da gestão do dinheiro dos contribuintes, noticia a Lusa. «Damos este exemplo, acho que é um exemplo positivo para o país, não só para a Câmara do Porto», afirmou Rio em Lisboa, à margem da Conferência da Câmara dos Técnicos Oficiais de Conta, na qual foi um dos oradores convidados. O corte de subsídios em dinheiro, «foi também a primeira medida que tomei quando cheguei à Junta Metropolitana do Porto, como presidente, simplesmente aí era fácil porque se davam muito poucos», afirmou.  Na Câmara do Porto, admitiu, «não é assim tão fácil, mas [o nível actualmente atribuído] baixou tanto [nos últimos anos] que quase não têm expressão». «Eu acho que tendo chegado a este patamar em que já fiz tantos cortes e já resta pouca coisa podia dar um passo adicional, que tem um carácter exemplar, de dizer que a Câmara do Porto dá apoios, mas subsídios, dinheiro para gastar, não dá mais a partir de Janeiro», afirmou.
Rio adiantou ainda que a Câmara vai «honrar aquilo que vem de trás, inclusive fazendo aprovar um ou dois [subsídios] que estão verbalmente contratualizados». O recente caso do Teatro ArtImagem é, disse, «exemplo» da falta de bom-senso nos processos de atribuição de subsídios. «Quando alguém diz que vai a tribunal exigir o subsídio o problema não é se ganha ou perde, mas a mentalidade. Qual é a mentalidade em que uma parte da nossa sociedade está em que acha que se pode ir a tribunal exigir o direito ao subsídio?», disse.  «Há aqui na minha medida uma pedagogia: vamos lá acordar todos porque onde é que o país está quando de repente há alguns portugueses que acham que podem ir a tribunal exigir um subsídio. Isto atingiu um patamar que é preciso contrariar, e é justamente isso que estou a fazer», adiantou.