Aos 54 anos de idade,
António Domingues de Azevedo foi reeleito pela terceira vez presidente da Direcção da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC), para o triénio 2005/2007.
O acto eleitoral que decorreu na sede da CTOC, na Avenida 24 de Julho, contou com um total de 13 136 votantes, ou seja 17,75% dos Técnicos Oficiais de Contas que reuniam todos os requisitos para votar. Do total de votantes a «Lista A», única que se apresentou ao acto, obteve 10 939 votos, tendo-se registado 707 votos brancos e 1490 votos nulos.
Estabelecendo um paralelo com o acto eleitoral anterior (2001) onde duas listas estiveram a sufrágio, a lista de António Domingues de Azevedo conquistou mais 500 votos expressos.
Com o slogan «Crescer e Consolidar», a «Lista A» tinha como linhas mestras do seu programa a implementação de uma série de reformas no âmbito da actividade profissional, designadamente novas regras de inscrição na CTOC, e a criação de um fundo complementar de Segurança Social para os TOC.
A criação de um fundo complementar de segurança social vem ao encontro dos desejos de Domingues de Azevedo, em proporcionar aos profissionais da contabilidade «a continuação de uma vida condigna após a passagem à reforma». De índole facultativo, portanto «não obrigatório», este fundo será criado já a partir do mês de Janeiro. Para tanto, a Assembleia Geral de amanhã, 18 de Dezembro, deverá aprovar o montante mensal da quota, que segundo apuramos passará dos actuais 8 euros para os 10 euros mensais. «Sendo que a CTOC se compromete a entregar junto do fundo de pensões 10% desse valor durante o ano de 2005», explicou Domingues de Azevedo.
O actual edifício da CTOC será também alvo de «intervenção». «Em vez da troca ou venda do imóvel, e atendendo às características do mesmo, o edifício continuará na posse da Câmara, mas será fonte de rendimento, através, por exemplo, do aluguer do mesmo ao fundo de pensões», comentou. De notar que o fundo também receberá verbas voluntárias que implicam que o membro possa ter na reforma, para além da comparticipação proveniente do fundo, uma parte que está relacionada com as suas entregas através deste regime.
A qualidade da profissão será outra bandeira do terceiro mandato de Domingues de Azevedo. «Para tal iremos ter no terreno 25 equipas, de dois elementos cada, que in loco farão uma espécie de controlo de qualidade dos TOC».
Há frente dos destinos da maior associação pública de inscrição obrigatória do país, a CTOC tem cerca de 80 mil membros, Domingues de Azevedo admite recandidatar-se a um quarto mandato. E invoca que, «embora concorde que este projecto tem uma dose excessiva do meu pensamento e da minha forma de pensar, se daqui a três anos este projecto não estiver consolidado não o poderei deixar a meio».
Caso tenha alcançado todos os objectivos, o líder dos TOC admite retirar-se «para um descanso merecido» e dedicar-se ao curso de Direito que um dia interrompeu. «Afinal¿ nunca é tarde para aprender», conclui.