A Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC)denunciou durante o corrente ano, cerca de 2.500 crimes fiscais ao Ministério Público. A revelação foi feita ao Correio da Manhã por António Domingues de Azevedo, que renovou o seu mandato à frente da Câmara dos Técnicos Oficias (CTOC) ao ganhar as eleições para aquele organismo. A constituição de um Fundo de Pensões para os TOC e a implementação de um regulamento de controlo de qualidade para a actividade contabilística, são algumas das novidades da nova Direcção que tomará posse no próximo dia 4 de Janeiro de 2005. Também o relacionamento entre os TOC e o Ministério das Finanças será objecto de uma atenção especial dos novos responsáveis. «Não é novidade para ninguém que o relacionamento entre os CTOC e os dois últimos responsáveis pelas Finanças não foi o melhor», afirmou ao CM, Domingues de Azevedo, acrescentando, «aceitamos que exista um maior acompanhamento dos TOC na fiscalização do cumprimento das obrigações dos seus clientes, mas não aceitamos ser tratados como subordinados do Ministério das Finanças». Em relação aos casos de crimes fiscais que os TOC tiveram conhecimento no exercício da sua actividade, Domingues de Azevedo é de opinião que a comunicação entre a CTOC e o Ministério Público tem que mudar. «Só por uma vez tivemos registo da consequências das nossas denúncias. Foi quando um magistrado escreveu para a Câmara, para dar conta de uma condenação de um empresário a três anos de prisão, por denúncia da CTOC», refere.