Comunicados
Entrega do «Prémio Professor Rogério Fernandes Ferreira»
6 Junho 2007
Semente para outros estudos e ambições

          Ana Paula Gama, foi uma das distinguidas na quarta edição do «Prémio Professor Rogério Fernandes Ferreira»

 

O «Prémio Professor Rogério Fernandes Ferreira» foi atribuído, ex-aequo, na sua quarta edição, aos trabalhos «Distribuição dos dividendos e estrutura do capital: uma aplicação empírica integrada no contexto das sociedades anónimas portuguesas», de Mário António Gomes Augusto e «A relação entre perdas e valor no contexto de um sector emergente: o caso das empresas americanas da nova economia», de Ana Paula Bernardino Matias Gama.
Na sessão pública de entrega do prémio, que decorreu no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), no passado dia 5, e que contou na mesa de honra com a presença de António Mendonça, presidente do Conselho Científico do ISEG, Domingues de Azevedo, presidente da Direcção da CTOC, J. Augusto Felício, presidente do Centro de Estudos e Gestão (CEGE), Gastambide Fernandes, em representação do bastonário da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, José António Pereirinha, presidente do Conselho Científico do ISEG, João Duque, presidente do Departamento de Gestão do ISEG, para além, claro, de Rogério Fernandes Ferreira, o presidente da CTOC, uma das instituições que apoia este galardão, frisou que este «deve ser uma semente que lance raízes para outros estudos e ambições.»
Referindo-se à felicidade de poder contar com a pessoa que dá o nome ao prémio, e que sempre «revelou uma preocupação quase obsessiva com as questões da Contabilidade, Fiscalidade e Gestão», o presidente da Direcção da Câmara reforçou a ideia de que «as instituições devem acarinhar e apoiar iniciativas deste género, porque estas são também uma forma de caminhar no sentido da dignificação profissional». Referindo-se, em concreto, à CTOC, Domingues de Azevedo foi claro e lançou o desafio: «Temos a noção de que estamos a fazer bem o nosso papel. Os mais jovens que apareçam. Se as suas ideias e projectos tiverem valor, a CTOC dará o seu apoio.» Refira-se que, com o objectivo de divulgar e preservar os trabalhos vencedores, a CTOC procedeu à edição de um livro que distribuiu aos presentes.

Questões éticas preocupam

Numa cerimónia que contou com a presença de toda a Direcção da CTOC e mais algumas dezenas de convidados ligados às áreas da Contabilidade e Gestão, coube a António Mendonça abrir a sessão, afirmando que «este prémio vale pelo seu significado, mais do que pelo seu valor pecuniário. É um incentivo para que novos investigadores se revelem.»
Augusto Felício, presidente do CEGE, lembrou que «as instituições promotoras ganham por esta ser mais uma iniciativa que as enobrece e diferencia na sociedade.» Este responsável dissertou depois sobre a «Governação das empresas familiares» e, após a apresentação de um conjunto de dados devidamente fundamentados, concluiu, entre outros aspectos, que «em grande parte das famílias com negócios próprios, estas acabam por ter fraca noção da importância do potencial dos sistemas e mecanismos de governação.»
A cerimónia não ficaria completa sem algumas palavras de Rogério Fernandes Ferreira. Depois do agradecimento sentido às instituições que promovem o galardão, (CEGE, em colaboração com a CTOC e OROC), o eminente especialista não resistiu a revelar alguns dos seus «desencantos» e colocou o acento tónico na questão ética: «Mais eficiência e eficácia têm de ser acompanhadas de motivações éticas. A fusão economia/ética tem de ocorrer. O mundo não está melhor e quando olho para sectores como a política, Gestão ou Fiscalidade não prevejo melhoria.» Com estas palavras em tom cinzento terminavam os discursos e aproximava-se o fim da cerimónia. Valeu a entrega dos prémios e as palmas para dar nova cor ao ambiente.