Comunicados
Governo deve pagar as dívidas em atraso a fornecedores
1 Maio 2020
«Compromisso Pagamento Pontual» lança apelo ao Executivo.


O «Compromisso Pagamento Pontual», movimento do qual a Ordem dos Contabilistas Certificados faz parte desde o passado dia 11 de fevereiro, apresentou na última semana de abril mais um apelo ao Governo para que pague todas as suas dívidas a fornecedores. Esta é mais uma forma, defendem os promotores, de trazer «liquidez à economia» e um sinal por parte do Executivo, «dando assim o exemplo daquilo que todas as empresas deveriam fazer.» 
«Se os pagamentos a horas sempre foram muito importantes, na crise que estamos a viver ainda mais o são», argumentam os responsáveis por este movimento, pelo que «aqueles que tenham possibilidade de o fazer, não podem deixar de pagar a horas.»
No documento intitulado «Pela liquidação total das dívidas do Estado aos fornecedores; Pagar a horas para fazer crescer Portugal» pode ainda ler-se que «é essencial não alimentar círculos viciosos de pagamento com atraso, círculos viciosos de desrespeito pela ética que ainda aprofundam mais a crise.»
«Não é aceitável que o Estado apoie, por um lado, a economia e, por outro lado, penalize as empresas com pagamentos com mais de 90 dias de atraso do prazo acordado», é ainda relembrado nesta nota. 
As dívidas por pagar há mais de 90 dias das Administrações Públicas, sustenta-se no documento, «eram de 543 milhões em fevereiro de 2020, o que representa um aumento de 111 milhões desde o final de 2019, e não introduza a liquidez tão necessária à economia.»
O «Compromisso Pagamento Pontual» é uma iniciativa da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) que, em conjunto com cerca de 1 400 empresas e organizações aderentes mostram-se fortemente empenhadas na promoção dos pagamentos a horas em Portugal, combatendo uma cultura de permissividade e de irresponsabilidade que afeta o desenvolvimento das empresas e da economia portuguesa.

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