Uma exposição que homenageia a profissão e os profissionais. Os que todos os dias contribuem com o seu esforço e o seu trabalho e os que, já não estando entre nós, deram o seu melhor durante décadas.
São, no total, 74 386 nomes, que figuram num mural e que incluem membros ativos, reinscritos, suspensos voluntários e óbitos.
A mostra sobre os 25 anos da regulamentação da profissão de contabilista certificado foi inaugurada na manhã de 17 de outubro, no foyer da Ordem, em Lisboa.
A bastonária, Paula Franco, e os restantes seis elementos do conselho diretivo, foram os mestres de cerimónia, na companhia de José Manuel Castanheira, o galardoado arquiteto que idealizou e concebeu esta exposição evocativa das bodas de prata da profissão.
Em tempos de pandemia, que obrigaram à presença de um número muito restrito de participantes, o canal da Ordem no YouTube, foi o meio privilegiado para transmitir o simbólico momento para Portugal e para o mundo, unindo os profissionais no mesmo sentimento de comunhão e partilha. Longe da vista, mas muito perto do coração.
Fotografias, selecionadas ano a ano, dos momentos mais emblemáticos, os marcos da profissão e ecrãs com a projeção de depoimentos recolhidos junto de 16 personalidades diretamente ligadas à profissão, dão brilho, cor, memória e muita nostalgia a uma alucinante viagem pelas duas décadas e meia da regulamentação de uma atividade cada vez mais decisiva para o dia a dia das empresas e do Estado.
As comemorações transitaram, em seguida, para a biblioteca da Ordem, com nova roupagem. Marta Pereira da Costa, a única guitarrista profissional de fado a nível mundial, emprestou as suas melodias a um espaço que se quer necessariamente de divulgação cultural. «Dia de Feira», «Encontros», «Verdes anos/Summer Time» e «Além terra» foram as quatro composições interpretadas.
De permeio, dois atores, Ana Catarina Santos e Bernardo Beja, declamaram passagens extraídas do «Livro do desassossego», de Bernardo Soares, o semi-heterónimo de Fernando Pessoa, diretor da «Revista de Comércio e Contabilidade» e um dos mais aplaudidos e universais poetas portugueses, que nas suas criações literárias vincou bem a relação entre o escriturário, o guarda-livros, o contabilista e a poesia. «Duas coisas só me deu o Destino: uns livros de contabilidade e o dom de sonhar» e «Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo», foram algumas das declamações mais apreciadas pela reduzida plateia.
A manhã terminaria com a inauguração dos dois novos quadros na galeria dos bastonários. Ao quadro de António Domingues de Azevedo, que se encontra no salão nobre desde 2010, juntaram-se agora mais duas obras do pintor Carlos Barahona Possollo, desta feita de Filomena Moreira, atual vice-presidente e que liderou os destinos da profissão entre 2016 e 2018 e de Paula Franco, bastonária em funções desde março de 2018.
A manhã de recordações, emoções e de compromisso histórico terminaria com um singelo Porto de Honra e um brinde à profissão e a todos os contabilistas.
Vinte e cinco anos estão cumpridos!