Portugal tem tudo a ganhar com a aposta no fortalecimento económico de Lisboa, do ponto de vista internacional e como polo nacional de irradiação de riqueza, defendeu ontem Augusto Mateus.
A tese do economista contribuiu para um debate que vem a ganhar corpo, desde que o presidente da Agência Portuguesa para o Investimento, Miguel Cadilhe, defendeu há dias no Porto a necessidade urgente de descentralização, apontando desafios como o daquela cidade ficar com a sede da Agência Marítima Europeia. Na perspectiva do ministro da Economia do anterior governo socialista, na Península Ibérica são reconhecidos do exterior três núcleos económicos relevantes: Madrid, Barcelona e Lisboa.
Daí que a capital portuguesa, para bem do país, «tem que reforçar a sua importância internacional». «É preciso tornar Lisboa mais pequena em termos nacionais e maior em termos internacionais», foi a equação proposta pelo economista aos governantes do país, numa conferência organizada pela Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas.