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Luz, cor, música e… muita vida para além da contabilidade
22 Novembro 2025
Festival1
Festival do Contabilista juntou 2 200 pessoas no Sagres Campo Pequeno


Os cartazes que adornam a fachada do Sagres Campo Pequeno anunciam um convívio de Natal, um musical para crianças e o concerto de Marilyn Manson, o controverso artista norte-americano. Contudo, na tarde de 22 de novembro, a mais fria do outono até à data, os artistas previstos para atuar numa das mais importantes salas de espetáculo da capital eram outros.  Após o êxito da primeira edição, em 2024, o Festival do Contabilista voltou a assentar arraiais no Sagres Campo Pequeno, em Lisboa.  Os Bandidos do Cante, a dupla Joana Lopes/Norberto Gonçalves, a banda de covers «Abba Experience» e, para rematar, a Resistência, foram a ementa musical deste ano. De fora acabou por ficar Celso Coelho, acometido de doença e que tem sido presença habitual há muitos anos em encontros do género promovidos pela OCC.

O evento repetiu a receita do ano passado: música, convívio e confraternização. E os contabilistas certificados disseram presente e responderam em massa, acompanhados pelas respetivas famílias, viajando de diversos pontos do país. Cerca de 2 200 pessoas não hesitaram em escolher este programa para um final de tarde/noite de sábado diferente. O ambiente da sala era acolhedor e a esmagadora maioria não arredou pé até ao final do último concerto do Festival, protagonizado pela Resistência.

Com o DJ Hugo Rafael a assumir o comando da seleção da música ambiente – com o predomínio das eternas melodias dos anos 80 – e do anúncio dos convidados, as pinturas faciais e a animação infanto-juvenil aqueciam a sala que, paulatinamente, na arena e nas bancadas ia ficando preenchida. À semelhança da edição transata, uma centena de elementos ligados ao catering afadigava-se a preparar os coffee break, que aconchegaram os estômagos antes do jantar. As pulseiras e os bastões luminosos, para além de óculos de várias tonalidades, fizeram deste mais um espetáculo de cor, luz e som, com um forte travo a Natal. Já para não falar de uma mascote, cravada de leds luminosos, que fez as delícias de pequenos e graúdos.

Na intervenção de boas-vindas, a bastonária, acompanhada pelos membros do Conselho Diretivo, saudou todos os presentes e desejou um «serão muito divertido, com muito convívio e muita descontração». Paula Franco acrescentou que «precisamos de momentos de alegria para contrabalançar as fases mais pesadas». Após apresentar os artistas que iriam desfilar pelo palco do Sagres Campo Pequeno, Paula Franco salientou a «importância de privilegiar a música portuguesa.» 

No pontapé de saída do Festival, já em palco, assistiu-se à tradição mesclada de modernidade dos Bandidos do Cante, o rasgo e o fulgor de dois contabilistas com queda para a música, Joana Lopes e Norberto Gonçalves, as melodias intemporais e eternas do quarteto sueco, recuperadas pelos ABBA Experience, e o recordar das canções que alimentam o imaginário coletivo de milhões de portuguesas, interpretadas pela Resistência. 

Em resumo, foram sete horas de emoções fortes. E a música foi apenas um pequeno (grande) detalhe de uma jornada em que houve vida para além da contabilidade.