Cristina Pena Silva, diretora da Ordem, esteve presente nas comemorações do 114.º aniversário da Implantação da República, em representação de Paula Franco, bastonária. A cerimónia do 5 de Outubro contou com as mais altas individualidades do Estado. Para além de Marcelo Rebelo de Sousa, também José Pedro Aguiar-Branco, presidente da Assembleia da República e Luís Montenegro, primeiro-ministro, marcaram presença, na Praça do Município, em Lisboa.
No habitual discurso que assinala esta data, o Presidente da República lembrou que «com 114 anos, a República, e 50 anos, a democracia, com anos amiúde atribulados para uma e outra, o certo é que estão vivas.» Marcelo Rebelo de Sousa fez questão de apontar necessidades que é urgente corrigir: «A República e a democracia estão vivas, mas sabem que têm de mudar, e muito: nos dois milhões de pobres e mais os em risco de pobreza, nas desigualdades entre pessoas e territórios, no combate à corrupção, o envelhecimento coletivo, e também de tantos sistemas sociais, na insuficiência do saber, da inovação, do crescimento.»
Já Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, afirmou que o país não pode «ceder à inércia, que tão frequentemente nos atinge. Ceder à inércia foi o que nos aconteceu em áreas tão fundamentais como a habitação, uma inércia política que exige agora um esforço redobrado para responder às pessoas e ao que elas esperam de nós. Ceder à inércia foi também o que se passou na imigração e hoje assistimos a manifestações de drama humanitário que nos envergonham a todos como país.»