A Assembleia Representativa Ordinária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), reunida na tarde de 17 de dezembro, no Auditório António Domingues de Azevedo, em Lisboa, aprovou por larga maioria o plano de atividades e orçamento para 2023 com 80 votos a favor e quatro abstenções. A proposta do Conselho Diretivo para fixação do novo valor das quotas (15 euros mensais) foi aprovada por 81 votos a favor; 2 abstenções e 1 voto contra. Dos 85 membros com assento na Assembleia Representativa marcaram presença 84 representantes: 67 presencialmente, sete fizeram-se representar e 10 assistiram por meios telemáticos.
Antes da entrada na ordem de trabalhos, propriamente dita, Carlos Alexandre, presidente da mesa da Assembleia Representativa abriu o debate para informações e pedidos de esclarecimento diversos. A realização do 7.º Congresso e o êxito que constituiu; os comentários em redor das dificuldades de entrega das declarações modelo 22 e IES, entre maio e julho, por vezes em tom depreciativo sobre a Ordem, apesar de serem feitos por uma pequena minoria; o percurso da Ordem nos últimos anos e a forma como se tem imposto junto dos membros e da sociedade em geral, foram os principais temas abordados.
O ponto três da ordem de trabalhos, relativo à fixação do valor das quotas de acordo com a alínea d) do art.º 3.º do Regimento da Assembleia Representativa e da alínea d) do art.º 40.º do Estatuto da Ordem dos Contabilistas Certificados foi aprovado com 80 votos a favor, apenas um voto contra e duas abstenções. Paula Franco explicou, uma vez mais, a exemplo do que já o tinha feito em diversas ocasiões, sobretudo no período em que esteve no ar a sondagem sobre este tema, que o aumento de 12 para 15 euros mensais, é justificado para fazer face aos custos da formação à distância, via CCClix, a nova plataforma formativa da Ordem. «A formação é um pilar fundamental desta profissão. Teremos agora um maior e mais amplo leque de escolha», garantiu a bastonária.
Na apresentação do plano de atividades e orçamento para 2023, Paula Franco foi clara: «É o PAO menos arrojado desde que cá estamos», porque o próximo ano será de «consolidação e contenção.» «Não quer isto dizer que fiquemos parados», garantiu a responsável máxima da Ordem.
Como principais projetos e atividades para o próximo ano, Paula Franco apresentou uma lista ambiciosa: contabilista certificado no setor público; Livro da Contabilidade; alienação dos imóveis da Av. Gago Coutinho e da Av. 24 de Julho; TOConline; certificação de qualidade; CCCLix; XIX Congresso Internacional de Contabilidade e Auditoria (CICA); IV Congresso Internacional de Contabilidade Pública (CICP); XVII Encontro Nacional dos Contabilistas Certificados e Dia Nacional do Contabilista.
Paula Franco esclareceu ainda que o ano de 2022 deverá encerrar com um resultado líquido negativo a rondar o meio milhão de euros, fruto do aumento inesperado de muitos custos e dos avultados investimentos realizados e que o ano de 2023 termine com um resultado líquido positivo de cerca de 300 mil euros. Após as intervenções de diversos representantes, tempo para votação: o resultado foi aquele que já leu no primeiro parágrafo deste texto.
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