É assim desde dezembro de 2018. Ano após ano, mesmo com uma pandemia pelo meio, a Ordem tem organizado festas de Natal e 2024 não podia fugir à regra para dar cumprimento à sétima edição consecutiva. A convocatória para contabilistas certificados e respetivas famílias foi lançada e, uma vez mais, muitos foram os que não faltaram à chamada. Repetentes e estreantes, novos e não tão novos, rumaram até aos auditórios da Ordem no Porto e em Lisboa, a 14 e 15 de dezembro, respetivamente, para, de manhã ou na sessão da tarde, desfrutarem de momentos repletos de alegria, entusiasmo e de todo o bulício próprio de um local onde se concentram muitas crianças.
Pela primeira vez, a ordem dos fatores inverteu-se e o pontapé de saída foi dado no Porto, na manhã de 14 de dezembro. Início de dia frio, não se tratasse de dezembro, mas incapaz de demover os mais corajosos que, a partir das 8.30 horas, começaram a dar cor, alegria e animação às instalações da Ordem onde os aguardava, à entrada, as mascotes Pikachu, Sticht e o mimo «Chapeleiro». A receita repetiu-se na sessão vespertina que praticamente lotou o auditório, o mesmo sucedendo nas duas sessões que tiveram lugar no Auditório António Domingues de Azevedo, fazendo com que, tudo somado, cerca de 2 200 pessoas acorressem ao Largo Primeiro de Dezembro.
E ao que veio toda esta gente? À procura do Natal e do seu espírito irrepetível, de momentos de convívio e diversão, de encontro ou reencontro com colegas de profissão (isto na versão adulta) ou, na versão infantojuvenil, de muita alegria e animação proporcionadas pelas várias propostas que se encontravam espalhadas um pouco por todo o lado: ateliê de artes plásticas; ateliê de criação de marcadores para livros; ateliê de estrelas; pinturas faciais; piscina com bolas; pipocas, mini-discoteca com direito a coreografia orientada por um animador e, naturalmente, a presença do Pai Natal, sempre recetivo a dois dedos de conversa com os mais novos e pronto para posar para as inevitáveis fotografias.
Quatro doses de conforto e esperança
Nos auditórios, os protagonistas foram outros. Primeiro, as boas-vindas de Paula Franco - «Espero que gostem muito e que se divirtam. Aproveitem e desfrutem de todos estes momentos. Que eles fiquem na vossa memória», referiu. Depois, a alegria contagiante, com muita música e interação com o público, sobretudo o mais jovem, proporcionada pelo Big Show Circus. A atuação de meia hora apelava a muita dança e, por duas vezes em cada espetáculo, entraram em cena canhões de confettis e serpentinas, algumas das quais acabaram por ficar suspensas nos sistemas de luzes dos auditórios.
Após cada intervalo, o espetáculo com Carolina de Deus, a artista responsável, este ano, por cantar e encantar miúdos e graúdos, não desiludiu, sucedendo, assim, a outros nomes bem conhecidos do panorama musical, como Carolina Deslandes, Fernando Daniel, por duas vezes, Bárbara Tinoco ou Nena. A artista lisboeta, ao longo de cerca de uma hora, interpretou 12 temas, não faltando, claro está, hits como «Dores de crescimento» e «Talvez», ao mesmo tempo que manteve sempre uma suave empatia com o público mais jovem que não se fez rogado em se aproximar dos palcos e acompanhar, em coro, a artista.
Estes foram os ingredientes servidos, em quatro doses, ao longo de dois dias e que, em tempos de agitação global, reconfortam e devolvem a esperança. Talvez por isso, e porque é Natal, apetece recuperar o hino pacifista escrito por John Lennon, cujos palavras e acordes nos interpelam desde há 53 anos, principalmente nesta quadra festiva:
And so this is Christmas
For weak and for strong
The rich and the poor ones
The road is so long
And so happy Christmas
For black and for white
For yellow and red ones
Let's stop all the fight
Galeria fotográfica – Porto – manhã
Galeria fotográfica – Porto – tarde
Galeria fotográfica - Lisboa - manhã
Galeria fotográfica - Lisboa - tarde