O presidente da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC) defende a diminuição da carga fiscal caso o Estado não melhore «com garantias significativas». a vida dos cidadãos.
Domingues de Azevedo entende que o acto de pagar impostos é um dever de cidadania, mas que o Estado tem de oferecer serviços eficazes e dignos (a nível de Saúde, Justiça e Educação) para que exista uma justificação plausível ao pagamento de impostos. «É uma contrapartida», diz o presidente da CTOC, que entende que deve existir uma política para a fiscalidade e não uma fiscalidade para a política.
O responsável lamenta que ainda não tenha sido colocado em marcha um verdadeiro sistema de combate à fraude e evasão fiscal e que o cruzamento de dados entre o Fisco e a Segurança Social esteja «adormecido». Segundo Domingues de Azevedo, há empresas que devem «há quatro e mais anos à Segurança Social», sem que ninguém se preocupe com o facto. Uma situação que permite a muitas empresas fazerem concorrência desleal.
Para o presidente da CTOC, nos casos em que se verifique que as mesmas empresas funcionem com rendibilidade, apenas por não cumprirem com as suas obrigações fiscais, «então as autoridades competentes têm de as encerrar, caso contrário, e a continuar o panorama actual, a excepção vai residir nos que pagam impostos, e não o contrário».