Em declarações proferidas, no passado dia 14, no programa "Antena Aberta" da RDP, Domingues de Azevedo defendeu que «quem foge ao fisco não tem direito de viver numa sociedade organizada e com regras», até porque, acrescentou, «cada cidadão deve contribuir para a manutenção das condições sociais em áreas tão diversas como a educação, a saúde, etc». Questionado sobre as palavras na véspera do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (SEAF) em comissão parlamentar, que procurou desmistificar a ideia de que em Portugal as grandes empresas não fazem fraude fiscal, o presidente da CTOC referiu que não se deve particularizar e "diabolizar a entidade a ou c", mas sim estimular o "espírito de cidadania e elevar a um valor o cumprimento dos deveres de cidadania", independentemente do sector. «A mensagem de impunidade que existiu durante muito tempo, tem sido felizmente, atenuada. A administração fiscal está mais operante e actuante e só se lamenta os excessos que têm sido cometidos», acrescentou o presidente da CTOC, que aconselhou um acompanhamento permanente da fraude e evasão fiscais devido "à sofisticação dos processos". Na mesma emissão, o presidente da CTOC enalteceu o papel de serviço público desempenhado pelos Técnicos Oficiais de Contas, mas identificou dificuldades que se colocam aos profissionais da Contabilidade: «Os TOC são os profissionais que mais de perto lidam com estas temáticas e também denunciam e comunicam às autoridades competentes para repor a verdade dos factos. O que acontece é que, não raro, os documentos que lhes chegam às mãos estão viciados, ou seja, deparam-se com factos consumados, o que lhes limita a capacidade de análise.»