O presidente da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC) Domingues Azevedo manifestou-se hoje satisfeito com a demissão do director-geral dos Impostos e disse à agência Lusa que a sua saída «só peca por ser tardia».
«A relação entre a Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas e o director-geral dos Impostos nunca atingiu um nível tão fraco» como aquele que agora existe entre as duas instituições, adiantou
Domingues Azevedo.
Armindo de Sousa Ribeiro pediu quarta-feira a demissão do seu cargo de responsável pela Direcção-Geral dos Impostos, que foi aceite pela ministra de Estado e das Finanças, Manuela Ferreira
Leite. Sousa Ribeiro, que invocou razões de natureza pessoal para o seu pedido de demissão, será substituído no cargo de director-geral dos Impostos por Paulo Macedo, quadro do Banco Comercial
Português (BCP), segundo o Ministério das Finanças.
O director-geral demissionário «não compreendeu as peculiaridades e a dimensão da instituição» que geria, criticou Domingues Azevedo.
Por isso, diz o presidente da CTOC, o «Governo vinha preparando a sua substituição há algum tempo».
Domingues Azevedo diz não conhecer o novo director-geral das Finanças, mas adianta que está confiante de que fará um trabalho «melhor do que o demissionário Sousa Ribeiro», pois «pior
é impossível».
O presidente da CTOC espera que as relações entre a instituição e a Direcção-Geral de Impostos melhorem, depois de um período em que houve questões «graves na área da Internet que ficaram sem solução pela indisponibilidade de Armindo de Sousa
Ribeiro para dialogar com a Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas».