1999 foi o ano em que o alpinista João Garcia, a 18 de maio, atingiu o cume do Evereste. Foi também nesse ano que, a 6 de outubro, morreu Amália Rodrigues, o nome maior da canção nacional. Foi também em 1999 que a esmagadora maioria dos contabilistas certificados que recebeu esta tarde, 17 de dezembro de 2024, a medalha dos 25 anos fizeram a sua inscrição na então Associação dos Técnicos Oficiais de Contas que, a 5 de novembro passou a Câmara. Foram, no total, 163 os profissionais que subiram ao palco do Auditório António Domingues de Azevedo para o simbólico (e para alguns emotivo) momento. Vindos não só da região de Lisboa, mas também de outras localidades geograficamente mais distantes.
Para a bastonária Paula Franco a cerimónia teve um duplo significado: para além de anfitriã do evento, quis o destino que também tenha tido a oportunidade de receber a medalha de um quarto de século. Nas palavras iniciais, a responsável máxima da Ordem aproveitou o ensejo para felicitar os homenageados, bem como os seus familiares presentes, enaltecendo o «sentido de orgulho e pertença» à instituição que lidera. «Este é um dia memorável, mas que deve servir para que todos reflitamos sobre o contributo e o fazer permanente que altera a história e a realidade do país. Todos os dias somos privilegiados por escrevermos a história das empresas. Só nós temos esse poder de transmitir e divulgar a informação verdadeira e apropriada», declarou. «Esta é a profissão mais importante da área das ciências económicas e o nosso trabalho muda vidas, economias e o país», defendeu.
«A história dela é a vossa história»
Esta foi uma cerimónia igual a tantas outras das já realizadas neste âmbito, mas que acabaria por ter um atrativo. Mais ou menos a meio da cerimónia, o speaker chamou o membro n.º 52 276. A acompanhar de perto a sua vida profissional na Ordem desde o ano 2000, coube a Amândio Silva protagonizar uma breve introdução à carreira de Paula Maria Pires de Oliveira e Silva Laia Franco. Ou simplesmente Paula Franco, como os profissionais e o país a conhece. O assessor da bastonária da Ordem, desde que foi eleita, em 2018, salientou algumas características da homenageada: «A história dela é a vossa história: o amor à profissão que demonstra há 25 anos. A dedicação, a aprendizagem, a resiliência e a vontade de crescer, são traços da sua ação diária», referiu. Amândio Silva prosseguiu a sua intervenção referindo que «ajudar os outros» foi sempre uma marca muito presente em Paula Franco. «Desde que comecei a trabalhar com ela, o que mais gostava de fazer era estar em contacto com os membros, presencialmente ou por telefone», afirmou.
Para além da assessoria ao bastonário Domingues de Azevedo, a sua vertente como formadora foi destacada por Amândio Silva: «Até um jurista como eu conseguiu perceber o débito e o crédito explicado pela formadora Paulo Franco», disse, arrancando risos da plateia. Feito o elogio, Paula Franco recebeu a medalha das mãos do vice-presidente Jorge Barbosa e uma lembrança entregue pelo presidente da Mesa da Assembleia Representativa, Carlos Alexandre. Para além do colar de bastonária, o pescoço de Paula Franco ficou ainda adornado com a medalha dos 25 anos.
Nesta cerimónia também foi homenageada Rita Cordeiro, atual vogal do conselho jurisdicional da Ordem e que se encontra ligada aos órgãos sociais da instituição há cerca de 15 anos. As cerimónias de medalhas dos 25 anos regressam no próximo ano.
Galeria fotográfica (em atualização)